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O Mistério da Estrada de Sintra

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 Nota: Se procura o filme, veja O Mistério da Estrada de Sintra (filme).
O Mistério da Estrada de Sintra
Autor(es) Eça de Queirós e Ramalho Ortigão
Idioma português
País  Portugal
Gênero Policial
Editora Livraria de A. M. Pereira
Formato 18 cm
Lançamento Lisboa, 1870
Páginas 261

O Mistério da Estrada de Sintra é um romance da autoria conjunta de Eça de Queirós e de Ramalho Ortigão. Foi publicado no Diário de Notícias, de Lisboa, sob a forma de cartas anónimas, entre 24 de Julho e 27 de Setembro de 1870, recebendo a primeira versão em livro em 1884.[1] É a primeira narrativa de cariz policial da literatura portuguesa, e marca a estreia literária de Eça de Queirós, em colaboração com o seu grande amigo Ramalho Ortigão.

Esta obra foi adaptada para o cinema em 2007 por Jorge Paixão da Costa.[2]

“Perguntou-me se queria jantar. Conquanto lhe respondesse negativamente, ele abriu uma mesa, trouxe um cabaz em que havia algumas comidas frias. Bebi apenas um copo de água. Ele comeu. Lentamente, gradualmente, começámos a conversar quase em amizade. Eu sou naturalmente expansivo, o silêncio pesava-me. Ele era instruído, tinha viajado e tinha lido. De repente, pouco depois da uma da noite, sentimos na escada um andar leve e cauteloso, e logo alguém tocar na porta do quarto onde estávamos, O mascarado tinha ao entrar tirado a chave e havia-a guardado no bolso. Erguemo-nos sobressaltados, O cadáver achava-se coberto, O mascarado apagou as luzes. Eu estava aterrado, O silêncio era profundo; ouvia-se apenas (...)”

O Mistério da Estrada de Sintra (1870)

A história começa com o sequestro de um médico – Dr.*** – e de seu amigo escritor – F... O rapto, realizado por quatro mascarados, ocorre na estrada de Sintra. O Dr.*** e o seu companheiro são levados para uma misteriosa casa, onde se encontrava o cadáver estrangeiro. Sabendo que um deles era médico, os raptores pretendiam verificar se, de facto, o homem estava morto. Entretanto, são surpreendidos pela entrada de um jovem – A.M.C., que viria a esclarecer todo o mistério.

Rytmel era, afinal, um oficial britânico que morreu vítima de uma dose excessiva de ópio que lhe dera a amante – condessa de W., prima do mascarado alto. Esta desejava apenas adormecê-lo para confirmar nos seus papéis se ele era ou não amante de uma irlandesa.

A condessa de W. era casada com um homem rico que não a fazia feliz. Conhecera Rytmel numa viagem que fizera com o marido e com o primo a Malta. Cármen disputara Rytmel com a condessa. Quando Rytmel lhe anuncia a sua vinda, esta suspeitando do seu namoro com uma outra mulher, Miss Shorn, fica enciumada e mata-o involuntariamente.

A.M.C., estudante de Coimbra, honesto e provinciano, ouviu as confidências da condessa e dispôs-se a ajudá-la na noite do falecimento de Rytmel, em que a encontrara desvairada e nervosa. Quando volta ao local do crime, a pedido da condessa, encontra os mascarados, o médico e o seu amigo.

Todos juntos decidiram encobrir a atitude da condessa e fariam o enterro do inglês. A condessa de W. acaba por se isolar num convento.

Referências

  1. C.I.T.I. Centro de Investigação para Tecnologias Interactivas. «Mistério da Estrada de Sintra». Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa. Consultado em 14 de dezembro de 2010 
  2. Edilson Saçashima (27 de novembro de 2008). «"O Mistério da Estrada de Sintra" se perde no caminho entre ficção e realidade». UOL Cinema. Consultado em 14 de dezembro de 2010 

Ligações externas

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